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Num dia de feira, um agricultor parou para comer num restaurante lotado, onde até a elite da cidade costumava almoçar. O agricultor encontrou um lugar em uma mesa onde outros clientes já estavam sentados e fez seu pedido junto ao garçom. Quando o fez, juntou as mãos e rezou uma oração. Seus vizinhos o observaram com curiosidade e, cheio de ironia, um jovem lhe perguntou:
– O senhor sempre faz isso em casa? Será que todos rezam realmente?
O fazendeiro, que tinha começado a comer calmamente, respondeu:
– Não, mesmo em casa há alguns que não rezam.
O rapaz sorriu:
– Ah, sim? Quem não reza?
– Bem, continuou o fazendeiro, por exemplo, minhas vacas, meu burro e meus porcos…


Lembro-me de que uma vez, depois de caminhar a noite inteira, adormecemos ao amanhecer, perto de um bosque. Um dervixe que era nosso companheiro de viagem soltou um grito e caminhou pelo deserto sem descansar um único momento.
Quando já era de dia, perguntei-lhe:
– O que aconteceu com o senhor?
Ele respondeu:
– Via os rouxinóis chilreando nas árvores, via as perdizes nas morros, as rãs na água e os animais no bosque. Pensei então que não era correto que todos estivessem empenhados em louvar ao Senhor e que somente eu ficasse dormindo sem pensar nele.
(Sudi)

P. Bruno FERRERO
Salesiano de Dom Bosco, especialista em catequese, autor de vários livros. Ele foi diretor editorial da editora salesiana Elledici. Ele é o diretor do "Boletim Salesiano", impresso em italiano.