🕙: 11 min.
image_pdfimage_print

(continuação do artigo anterior)

3. História de uma alma

3.1. Amar e sofrer
            O P. Barberis esboça muito bem a parábola existencial de Beltrami, lendo nela a ação misteriosa e transformadora da graça em ação “através das principais condições da vida salesiana, de modo que ele pudesse ser um modelo geral de aluno, clérigo, professor, estudante universitário, sacerdote, escritor, doente; um modelo em todas as virtudes, na paciência como na caridade, no amor à penitência como no zelo”. E é interessante que o próprio P. Barberis, ao introduzir a segunda parte de sua biografia, que trata das virtudes do P. Beltrami, afirma: “Pode-se dizer que a vida do nosso P. Beltrami é mais a história de uma alma do que a história de uma pessoa. É tudo intrínseco; e eu faço o máximo para que o caro leitor penetre nessa alma, para que possa admirar seus carismas celestiais”. A referência a “A história de uma alma” não é acidental, não só porque o P. Beltrami é contemporâneo da Santa de Lisieux, mas podemos dizer que eles são verdadeiramente irmãos no espírito que os animava. O zelo apostólico pela salvação é mais autêntico e frutífero naqueles que experimentaram a salvação e, tendo se encontrado salvos pela graça, vivem suas vidas como um puro dom de amor para seus irmãos e irmãs, para que eles também possam ser alcançados pelo amor redentor de Jesus. “Na verdade, toda a vida do nosso P. André poderia ser resumida em duas palavras, que formam sua identidade ou lema: Amar e sofrer – Amor e sofrimento. Amor o mais terno, o mais ardente e, eu diria também, o mais zeloso possível em relação àquele bem, no qual todo o bem está concentrado. A dor, a mais viva, a mais aguda, a mais penetrante de seus pecados, e a contemplação daquele bem supremo, que para nós se rebaixou à loucura, às dores e à morte da Cruz. Daqui nascia uma ânsia febril de sofrimento, do qual, quanto mais abundava, mais sentia desejo: daqui veio novamente aquele gosto, aquele inefável prazer no sofrimento, que é o segredo dos santos, e uma das mais sublimes maravilhas da Igreja de Jesus Cristo”.
            “E como no Sagrado Coração de Jesus, ardente de chamas e coroado de espinhos, ambos estes afetos de amor e de dor encontram tão abundante pastagem, e tão admiravelmente proporcionado a eles, assim, desde o primeiro instante em que conheceu esta devoção, até o último de sua vida, seu coração foi como um vaso de aromas escolhidos que sempre ardiam diante daquele divino coração, e transmitiam o perfume do incenso e da mirra, do amor e da dor”. “Obter do Coração de Jesus a tão desejada graça de viver longos anos para sofrer e expiar meus pecados. Não morrer, mas viver para sofrer, mas sempre sujeito à vontade de Deus. Assim poderei saciar essa sede. É tão bonito, tão doce sofrer quando Deus ajuda e dá paciência!”. Esses textos são uma síntese da espiritualidade vitimal do P. Beltrami, que na perspectiva da devoção ao Sagrado Coração, tão cara à espiritualidade do século XIX e ao próprio Dom Bosco, supera qualquer leitura lamentosa ou, pior ainda, certo masoquismo espiritualista. De fato, foi também graças ao P. Beltrami que o P. Rua consagrou oficialmente a Congregação Salesiana ao Sagrado Coração de Jesus na última noite do século XIX.

3.2. No rastro da Santa de Lisieux
            A brevidade da vida cronológica é compensada pela surpreendente riqueza do testemunho de uma vida virtuosa, que em pouco tempo expressou um intenso fervor espiritual e um singular empenho de perfeição evangélica. É significativo que o Venerável Beltrami tenha encerrado sua existência exatamente três meses após a morte de Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, que foi proclamada Doutora da Igreja por João Paulo II pela eminente Ciência do Amor Divino que a distinguiu. Através de “A história de uma alma” emerge a biografia interna de uma vida que, moldada pelo Espírito no jardim do Carmelo, floresceu com frutos de santidade e fecundidade apostólica para a Igreja universal, tanto que em 1927 foi proclamada Padroeira das Missões por Pio XI. O P. Beltrami também morreu como Santa Teresinha de tuberculose, mas ambos, nas golfadas de sangue que os levavam rapidamente ao fim, não viram tanto o definhamento de um corpo e a diminuição das forças, mas compreenderam uma vocação particular de viver em comunhão com Jesus Cristo, que os assimilou ao seu sacrifício de amor pelo bem dos irmãos. Em 9 de junho de 1895, na Festa da Santíssima Trindade, Santa Teresa do Menino Jesus se ofereceu como vítima de holocausto ao amor misericordioso de Deus. Em 3 de abril do ano seguinte, na noite entre a Quinta-feira Santa e a Sexta-feira Santa, ela teve a primeira manifestação da doença que a levaria à morte. Teresa a recebe como uma visita misteriosa do divino Esposo. Ao mesmo tempo, ela entra na provação da fé, que durará até sua morte. Como sua saúde se deteriorou, ela foi transferida para a enfermaria em 8 de julho de 1897. Suas irmãs e outras religiosas recolhem suas palavras, enquanto as dores e provações, suportadas com paciência, se intensificam até culminar em sua morte na tarde de 30 de setembro de 1897. “Eu não morro, entro na vida”, ela havia escrito para seu irmão espiritual, o P. Bellière. Suas últimas palavras “Meu Deus, eu te amo” são o selo de sua existência.
            Até o fim de sua vida, o P. Beltrami também seria fiel à sua oferta de vítima, como escreveu alguns dias antes de sua morte ao seu mestre de noviciado: “Eu sempre rezo e me ofereço como vítima pela Congregação, por todos os Superiores e coirmãos e especialmente por estas casas de noviciado, que contêm as esperanças de nossa piedosa Sociedade”.

4. Espiritualidade vitimal
            O P. Beltrami também relaciona a essa espiritualidade de vítima um grau sublime de caridade: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13). Isso não significa apenas o gesto extremo e supremo da doação física da própria vida por outra pessoa, mas a vida inteira do indivíduo orientada para o bem do outro. Ele se sentiu chamado a essa vocação: “Há muitos”, acrescentou, “mesmo entre nós salesianos, que trabalham muito e fazem um grande bem; mas não há muitos que realmente amem sofrer e queiram sofrer muito pelo Senhor: eu quero ser um destes”. Justamente porque não é algo cobiçado pela maioria, consequentemente também não é compreendido. Mas isso não é novidade. Até mesmo Jesus, quando falou aos discípulos sobre sua Páscoa, sobre sua subida a Jerusalém, encontrou incompreensão, e o próprio Pedro o quis afastar desse propósito. Na hora suprema, seus “amigos” o traíram, negaram-no e o abandonaram. No entanto, a obra da redenção foi e é realizada somente por meio do mistério da cruz e da oferta que Jesus faz de si mesmo ao Pai como vítima de expiação, unindo ao seu sacrifício todos aqueles que aceitam participar de seus sofrimentos para a salvação de seus irmãos e irmãs. A verdade desta oferta de Beltrami está na fecundidade oferecida por sua vida santa. De fato, ele deu eficácia às suas palavras, apoiando particularmente os seus coirmãos na vocação, estimulando-os a aceitar com espírito de sacrifício as provas da vida na fidelidade à vocação salesiana. Nas Constituições primitivas, Dom Bosco apresentava o salesiano como aquele que “está pronto a suportar o calor e o frio, a sede e a fome, o trabalho e o desprezo, quando se trata da glória de Deus e da salvação das almas”.
            A mesma doença levou o P. Beltrami tanto à consumação progressiva quanto ao isolamento forçado, o que deixava suas faculdades perceptivas e intelectuais intactas, na verdade quase refinando-as com a lâmina da dor. Somente a graça da fé permitia que ele abraçasse essa condição que, dia após dia, o assimilava cada vez mais ao Cristo crucificado e que uma estátua do “Ecce Homo”, de um realismo chocante e de arrepiar, solicitada por ele em seu quarto, o lembrava constantemente. A fé era a regra de sua vida, a chave para entender as pessoas e as diferentes situações; “à luz da fé, ele considerava seus próprios sofrimentos como graças de Deus e, juntamente com o aniversário de sua profissão religiosa e ordenação sacerdotal, comemorava o do início de sua grave doença, que ele acreditava ter começado em 20 de fevereiro de 1891. Nessa ocasião, recitava com entusiasmo o Te Deum porque o Senhor lhe concedeu de sofrer por Ele”. Meditava e cultivava uma viva devoção à Paixão de Cristo e a Jesus Crucificado: “Grande devoção, que se pode dizer que informou toda a vida do servo de Deus… Esse era o tema quase contínuo de suas meditações. Ele sempre tinha um crucifixo diante dos olhos e principalmente nas mãos… que ele beijava de vez em quando com fervor”.
            Depois de sua morte, foi encontrada uma bolsa pendurada em seu pescoço, com o crucifixo e a medalha de Maria Auxiliadora, contendo alguns papéis: orações em lembrança de sua ordenação; um mapa no qual foram desenhados os cinco continentes, para lembrar sempre ao Senhor os missionários espalhados pelo mundo; e algumas orações com as quais ele se fez formalmente vítima do Sagrado Coração de Jesus, especialmente pelos moribundos, pelas almas do purgatório, pela prosperidade da Congregação e da Igreja. Essas orações, nas quais o pensamento predominante ecoava a súplica de Paulo “Opto ego ipse anathema esse a Christo pro fratribus meis [desejaria ser, eu mesmo, excluído de Cristo em favor de meus irmãos – Rm 9,3]”, foram assinadas por ele com seu próprio sangue e aprovadas por seu diretor, o P. Luís Piscetta, em 15 de novembro de 1895.

5. O P. Beltrami é atual?
            A pergunta nãoé ociosa; já havia sido feita pelos jovens coirmãos do Estudantado Teológico Internacional de Turim-Crocetta quando, em 1948, por ocasião do 50º aniversário da morte do Venerável P. Beltrami, organizaram um dia comemorativo. Desde as primeiras linhas do livreto que reunia os discursos pronunciados naquela ocasião, pergunta-se o que o testemunho de Beltrami tinha a ver com a vida salesiana, uma vida de apostolado e ação. Pois bem, depois de recordar como ele foi exemplar nos anos em que pôde se lançar ao trabalho apostólico, “foi também salesiano ao aceitar a dor quando esta parecia esmagar uma carreira e um futuro tão brilhante e frutuosamente empreendidos. Porque foi ali que o P. André revelou uma profundidade de sentimento salesiano e uma riqueza de dedicação que antes, no trabalho, podia ser tomada como ousadia juvenil, um impulso para agir, uma riqueza de dons, algo normal, ordinário em suma. O extraordinário começa, ou melhor, revela-se na doença e por meio dela. O P. André, segregado, agora excluído para sempre do magistério, da vida fraterna de colaboração com os coirmãos e do grande empreendimento de Dom Bosco, sentiu-se lançado em um caminho novo e solitário, talvez repugnante para seus irmãos; certamente repugnante para a natureza humana, ainda mais para a sua, tão rica e exuberante! O P. Beltrami aceitou esse caminho e o percorreu com espírito salesiano: salesianamente”.
            É surpreendente que se afirme que o P. Beltrami, de certa forma, inaugurou um novo caminho na esteira traçada por Dom Bosco, um chamado especial para iluminar o núcleo profundo da vocação salesiana e o verdadeiro dinamismo da caridade pastoral: “Precisamos ter o que ele tinha no coração, o que ele vivia profundamente em seu íntimo. Sem essa riqueza interior, a nossa ação seria vã; o P. Beltrami poderia nos censurar pela nossa vida vã, dizendo com Paulo: “nos quasi morientes, et ecce: vivimus! [como agonizantes, e no entanto bem vivos – 2Cor 6,9]”. Ele mesmo tinha consciência de que havia iniciado um novo caminho, como testemunhou seu irmão José: “Na metade da aula, ele tentou me convencer da necessidade de seguir seu caminho, e eu, não pensando como ele, me opunha, e ele sofria”. Esse sofrimento vivido na fé foi verdadeiramente frutífero apostólica e vocacionalmente: “Foi uma manifestação da nova e original concepção salesiana desejada e implementada por ele, de uma dor física e moral, ativa, produtiva, inclusive materialmente, para a salvação das almas”.
            Deve-se dizer também que, seja por causa de certo clima espiritual um tanto pietista, seja talvez mais inconscientemente, para não se deixar provocar demais pelo seu testemunho, com o passar do tempo enraizou-se uma interpretação que gradualmente levou ao esquecimento, também por causa das grandes mudanças ocorridas. Uma expressão desse processo são, por exemplo, as pinturas que o reproduzem, das quais aqueles que o conheceram, como o P. Eugênio Ceria, não gostavam muito, porque se lembravam dele como jovial, com um aspecto aberto que inspirava confiança e segurança naqueles que se aproximavam dele. O P. Ceria também recorda que, já durante os anos em Foglizzo, o P. Beltrami vivia uma vida interior intensa, uma união profunda e impetuosa com Deus, alimentada pela meditação e pela comunhão eucarística, a tal ponto que, mesmo no meio do inverno, com temperaturas congelantes, não usava casaco e mantinha a janela aberta, de modo que era chamado de “urso branco”.

5.1. Testemunha de união com Deus
            Esse espírito de sacrifício o fez amadurecer numa profunda união com Deus: “Sua oração consistia em estar continuamente na presença de Deus, mantendo os olhos fixos no Tabernáculo e desabafando com o Senhor mediante contínuas jaculatórias e aspirações afetuosas. Pode-se dizer que sua meditação era contínua… ela o penetrava tanto que ele não percebia o que estava acontecendo ao seu redor, e penetrava tanto o assunto que eu o ouvi dizer confidencialmente que ele geralmente entendia os mistérios sobre os quais estava meditando tão bem que parecia vê-los como se estivessem aparecendo diante de seus olhos”. Essa união significava e se realizava de modo especial na celebração da Eucaristia, quando todas as dores e tosses cessavam como por encanto, traduzidas em perfeita conformidade com a vontade de Deus, especialmente pela aceitação do sofrimento: “Considerava o apostolado dos sofrimentos e das aflições não menos frutífero do que o da vida mais ativa; e enquanto outros teriam dito que ocupava suficientemente aqueles longos anos com o sofrimento, ele santificava o sofrimento oferecendo-o ao Senhor e conformando-se à vontade divina de modo tão geral a ponto de não apenas se resignar a ele, mas se alegrar com ele”.
            O pedido feito pelo próprio Venerável ao Senhor é de considerável valor, como pode ser visto em várias cartas e, em particular, na carta ao seu primeiro diretor de Lanzo, o P. José Scappini, escrita pouco mais de um mês antes de sua morte: “Não fique angustiado, meu querido pai em Jesus Cristo, pela minha doença; pelo contrário, alegre-se no Senhor. Eu mesmo pedi isso ao Bom Deus, para ter a oportunidade de expiar meus pecados neste mundo, onde o Purgatório é feito com mérito. Na verdade, eu não pedi essa enfermidade, pois não tinha ideia dela, mas pedi muito para sofrer, e o Senhor me concedeu isso. Seja bendito para sempre; e me ajude a carregar sempre a cruz com alegria. Acredite em mim, em meio às minhas dores, estou feliz com uma felicidade plena e completa, de modo que tenho vontade de rir quando me dão condolências e augúrios de recuperação”.

5.2. Saber sofrer
             “Saber sofrer”: para a própria santificação, para a expiação e para o apostolado. Ele comemorou o aniversário de sua própria doença: “20 de fevereiro é o aniversário de minha doença: e eu o comemoro como um dia abençoado por Deus; um dia abençoado, cheio de alegria, entre os dias mais bonitos de minha vida”. Talvez o testemunho do P. Beltrami confirme a afirmação de Dom Bosco “Beltrami só existe um”, como se indicasse a originalidade da santidade desse seu filho em ter experimentado e tornado visível o núcleo secreto da santidade apostólica salesiana. O P. Beltrami expressa a necessidade de a missão salesiana não cair na armadilha de um ativismo e de uma exterioridade que, com o tempo, levariam a um destino fatal de morte, mas de preservar e cultivar o núcleo secreto que exprime profundidade e amplitude de horizonte. As traduções concretas desse cuidado com a interioridade e a profundidade espiritual são: a fidelidade à vida de oração, a preparação séria e competente para a própria missão, especialmente para o ministério sacerdotal, lutando contra a negligência e a ignorância culposa; o uso responsável do tempo.
            Mais profundamente, o testemunho do P. Beltrami nos diz que não se vive de rendas ou glórias do passado, mas que cada irmão e cada geração deve fazer com que o dom recebido dê frutos e saiba transmiti-lo de forma fiel e criativa às gerações futuras. A interrupção dessa cadeia virtuosa será uma fonte de dano e ruína. Saber sofrer é o segredo que dá fecundidade a todo empreendimento apostólico. O espírito de oferecimento vitimal do P. Beltrami está admiravelmente associado ao seu ministério sacerdotal, para o qual ele se preparou com grande responsabilidade e que viveu na forma de uma comunhão singular com Cristo imolado pela salvação de seus irmãos e irmãs: na luta e mortificação contra as paixões da carne; na renúncia aos ideais de um apostolado ativo que ele sempre desejou; na sede insaciável de sofrimento; na aspiração de se oferecer como vítima pela salvação de seus irmãos e irmãs. Por exemplo, para a Congregação, além da oração e da oferta nominativa por vários irmãos, tendo nas mãos o catálogo da Congregação, das casas e das missões, ele pedia a graça da perseverança e do zelo, a preservação do espírito de Dom Bosco e de seu método educativo. Um dos livros escritos sobre ele traz significativamente o título “La passiflora serafica [a seráfica passiflora – flor do maracujá]”, que significa “flor da paixão”, nome dado pelos missionários jesuítas em 1610, devido à semelhança de algumas partes da planta com os símbolos religiosos da paixão de Cristo: as gavinhas, o chicote com o qual foi açoitado; os três estiletes, os pregos; os estames, o martelo; os raios da corola, a coroa de espinhos. Merece fé a opinião do P. Nazareno Camilleri, uma alma profundamente espiritual: “O P. Beltrami nos parece representar eminentemente, hoje, a ansiedade divina da “santificação do sofrimento” para a fecundidade social, apostólica e missionária, através do entusiasmo heroico da Cruz, da Redenção de Cristo no meio da humanidade”.

5.3. Transferência de testemunha
            Em Valsalice, o P. André foi um exemplo para todos: um jovem clérigo, Luís Variara, escolheu-o como modelo de vida: tornou-se sacerdote e missionário salesiano na Colômbia e fundou, inspirado pelo P. Beltrami, a Congregação das Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Nascido em Viarigi (Asti) em 1875, aos onze anos, Luís Variara foi levado por seu pai para Turim-Valdocco. Entrou no noviciado em 17 de agosto de 1891 e o completou com os votos perpétuos. Depois disso, mudou-se para Turim-Valsalice para estudar filosofia. Lá conheceu o Venerável André Beltrami. O P. Variara se inspirou nele quando mais tarde propôs a “consagração vitimal” às suas Filhas dos Sagrados Corações em Agua de Dios (Colômbia).

Fim

P. Pierluigi CAMERONI
Salesiano de Dom Bosco, especialista em hagiografia, autor de vários livros salesianos. Ele é o Postulador Geral da Sociedade Salesiana de São João Bosco.